terça-feira, 28 de abril de 2009

"Cidade em Transição"

O movimento “Cidades em Transição”, que busca retirar o petróleo da vida urbana e promover economias municipais, acredita que não existe um modelo único de transição, nem que tenha encontrado todas as respostas para resolver o problema da escassez do petróleo e do aquecimento global.
A idéia é que cada sociedade use a criatividade para fazer a mudança. Para as grandes cidades, uma alternativa é fazer a transição pelos bairros, reforçando o comércio regional.
Totnes, no Sul da Inglaterra, considerada o berço do movimento, espera concluir sua jornada em 2030. Na linha do tempo traçada pelo movimento, quando a tarefa for concluída muito dos hábitos e costumes da cidade terão sido modificados.
As pessoas deverão consumir produtos locais e a dieta será baseada muito mais em vegetais do que na carne. As escolas passarão a preparar as crianças para as reais demandas da época, cozinhar, construir casas a partir de materiais naturais como adobe e barro e a fazer jardinagem. Os conceitos de sustentabilidade e resiliência, que é a capacidade que um sistema possui de resistir a choques externos, passarão definitivamente a fazer parte do currículo. O transporte público ganha espaço e andar de carro será sinônimo de comportamento anti-social.
Para orientar cidades interessadas em aderir ao movimento, Rob Hopkins, organizou “Os 12 passos para a transição”. Eles estão no seu livro “The Transition Hand Book” (Livro de Bolso da Transição, em uma tradução livre). São eles:
1 - Formar grupos na sociedade para discutir possíveis ações para diminuir o consumo de energia na sociedade. Temas como importação de alimentos, energia, educação, moeda local, urbanismo e transporte. É importante que o sucesso coletivo seja colocado acima dos interesses pessoais. Deve haver um representante para cada grupo;
2 - Identificar possíveis alianças e construir networks. Preparar a sociedade em geral para falar das conseqüências do fim da era do petróleo barato e sobre aquecimento global. Palestras com especialistas e mostras de filmes como “The End of Suburbia”, “Crude Awakening”, “Power of Community” têm sido muito eficientes. Esses filmes se encontram para download no website http://www.transitiontowns.org/;
3 - Incorporar idéia de outras organizações e iniciativas já existentes;
4 - Organizar o lançamento do movimento. Isso pode ocorrer entre seis meses e um ano após o passo número um;
5 - Formar subgrupos que vão olhar para suas regiões específicas e imaginar como a sociedade pode se tornar resiliente, ou seja, ser auto-suficiente e capaz de suportar choques externos, como a falta do petróleo;
6 - Fazer eventos em espaços abertos. É importante que a sociedade perceba o movimento e queira fazer parte dele;
7 - Realizar atividades que requerem ação. Em Totnes, por exemplo, foi decidido que as árvores frutíferas poderiam trazer benefícios para a cidade. Houve um mutirão para fazer o plantio de mudas de castanheiras;
8 - Recuperar a hábitos perdidos como fazer concertos públicos, cozinhar, fazer jardinagem, cultivar hortas e andar de bicicleta;
9 - Construir bom relacionamento com governo local;
10 - Escutar os mais velhos. As pessoas que viveram entre 1930 e 1960, época em que o petróleo ainda não era tão importante, podem ter muito a ensinar;
11 - Não manipular o processo de transição para essa ou aquela tendência. O papel do movimento não é levar todas as respostas, mas deixar que a população encontre meios para a transição. O movimento deve ser um grande catalisador de idéias;
12 - Criar um plano de ação para reduzir o consumo de energia da cidade. Cada grupo mostra o que foi decidido para cada área antes de colocá-las em prática;
Esta matéria foi indicada para nós pelo meu grande amigo Tiago Campos.
Achei interessante esta matéria, semea a idéia do faça a sua parte que no final as coisas vão melhorar. É mais facil para uma prefeitura identificar as necessidades básicas da comunidade e trabalhar ações específicas para elas.
Fica a idéia aos prefeitos eleitos e aos candidatos que concorrem ao segundo turno. Não podemos esperar que tudo seja feito pelo governo federal.
Tente implantar algumas das alternativas propostas em sua rotina, em sua casa ou em seu condomínio. Se você der o exemplo, alguém vai segui-lo.

domingo, 26 de abril de 2009

Garrafa feita de papel


Criada pela Brand Image a garrafa de água feita de papel promete revolucionar o mercado de garrafas de água. Se nos Estados Unidos apenas 16% de todas as garrafas plásticas são recicladas então são mais de 51,6 milhões de garrafas que vão para o lixo sem serem recicladas segundo o site da fabricante.
A 360 Paper Bottle é a primeira garrafa totalmente reciclável e 100% feita a partir de recursos renováveis. A garrafa ainda possui sistema de lacre e design planejado para permitir embalagens para 6 ou 24 unidades também ecológicas.

fonte:Blog Rodrigo Barba

Reduzindo as pegadas de carbono

Reduzindo as pegadas de carbono
As pegadas de carbono ajudam as pessoas a promover as mudanças necessárias para combater os problemas ecológicos do planeta. Como as pegadas quantificam um montante de carbono que aumenta ou diminui com base no uso de energia, elas permitem que as pessoas saibam que um novo carro híbrido ou com motor flex realmente ajuda a diminuir as emissões.
Fotógrafo: Diego Cervo Agência: DreamstimeAndar de bicicleta em vez de sair de carro
ajuda a diminuir as emissões de CO2O transporte é responsável por 33% das emissões de CO2 nos Estados Unidos [fonte: EIA - em inglês], muitas pessoas tentam diminuir suas quilometragens. Algumas caminham ou andam de bicicleta sempre que possível; outras fazem rodízio de carro, utilizam transporte público ou investem em carros econômicos.
A energia doméstica é responsável por 21% das emissões de CO2 dos Estados Unidos [fonte: EIA - em inglês]. Ajustar o termostato em uma temperatura moderada, instalar um bom sistema de isolamento e janelas com vidros duplos são estratégias que diminuem os custos de energia e mantêm sua casa confortável. Lâmpadas fluorescentes (CFLs), eletrodomésticos de baixo consumo de energia e fontes de energia renovável também ajudam a diminuir o consumo.
É claro, esforços individuais para reduzir as emissões podem ir apenas até certo ponto. Diminuir o CO2 e outros gases do efeito estufa para níveis mais seguros requer uma regulamentação governamental e a ação de empresas. A diminuição das pegadas de carbono, porém, permite às pessoas ver onde elas estão e como elas podem mudar. Aqueles que pensam que a regulamentação do governo anda muito morosa ou aqueles que desejam aceitar a responsabilidade pessoal por suas emissões podem controlar suas próprias reduções e alterar seus hábitos individuais.
Para aprender mais sobre pegadas de carbono, aquecimento global e outros tópicos relacionados, consulte os links na próxima página.

Calculando as pegadas de carbono

Calculando as pegadas de carbonoPara ficar o mais acessível quanto possível, a maioria das calculadoras (em inglês) de carbono faz perguntas bem simples sobre consumo. Elas aceitam estimativas de uso anual de eletricidade ou quilometragem em vez de totais exatos e difíceis de serem fornecidos.
Fotógrafo: Aberenyi Agência: DreamstimeAs calculadoras de carbono convertem sua conta de
eletricidade anual em um montante quantificável de CO2
As calculadoras de carbono geralmente começam perguntando sobre sua localização. Independentemente de seu consumo pessoal, sua pegada de carbono é parcialmente determinada pelo estado e/ou país onde você mora. Alguns estados dependem mais de fontes mais poluentes de energia, como o carvão, ao passo que outros estados usam porcentagens maiores de fontes renováveis que produzem menos CO2.
A maioria das calculadoras também pergunta o tamanho de sua casa. A calculadora pode, então, diferenciar entre sua pegada de carbono pessoal e a da casa como um todo.
Para determinar a quantidade de CO2 produzida pela eletricidade doméstica, a calculadora divide o uso estimado ou exato pelo preço da energia na área. A calculadora então multiplica esse número pelo fator de emissões do estado, um valor que se relaciona com o tipo de energia que o estado usa. As calculadoras também calculam o uso de gás natural, óleo de calefação e propano.
A maioria das calculadoras contabiliza as emissões reduzidas dos adeptos da energia verde. Algumas empresas de energia dos Estados Unidos permitem aos clientes a opção de pagar um pouco mais em sua conta mensal para receber uma determinada porcentagem de energia de fontes renováveis. Isso reduz a produção estadual de energia de combustível fóssil e ajuda a desenvolver um mercado verde.
As pegadas de carbono também incluem o CO2 produzido pelo transporte. A maioria das pessoas não sabe calcular seu uso de combustível anual; assim, as calculadoras geralmente pedem uma quilometragem anual estimada, além de o fabricante, modelo e ano do carro. A calculadora divide a quilometragem pela eficiência de combustível do automóvel para determinar o uso de combustível anual. Esse valor é então multiplicado pelo fator de emissões de gasolina ou óleo diesel, que o converte para quilos de CO2.
Pegadas ecológicasUma pegada de carbono é apenas um dos componentes da pegada ecológica mais ampla. Uma pegada ecológica compara o consumo de recursos e terra da população com a capacidade do planeta de se regenerar. Atualmente, a pegada ecológica da Terra está 23% acima da capacidade. É necessário um ano e dois meses para regenerar o que nós consumimos em um ano [fonte: Footprint Network - em inglês].
Para viagens aéreas, algumas calculadoras de carbono pedem uma estimativa anual de quilometragem. Outras calculadoras contabilizam emissões aumentadas durante decolagens e pedem o número de vôos curtos, médios, longos e prolongados.
Após compilar todos esses números, a calculadora produz um total de emissão de CO2 em toneladas: uma pegada de carbono. Algumas calculadoras até contextualizam as pegadas comparando-as com as médias nacional ou global. Se você tem os dados disponíveis, a calculadora leva cerca de 30 segundos para processar o cálculo.
O que você faz, porém, depois de descobrir quanto CO2 você produz? Na próxima seção, aprenderemos como diminuir o tamanho de sua pegada.­
Introdução
As pegadas dão pistas de onde viemos e para onde vamos. As impressões das pegadas nos dão informações sobre os animais que as deixam. As pegadas reais oferecem detalhes sobre o tamanho, peso e velocidade, ao passo que as pegadas de carbono medem quanto dióxido de carbono (CO2) nós produzimos apenas levando nossas vidas diárias. Uma ida ao trabalho de carro, um movimento do interruptor de luz e um vôo para fora da cidade, tudo isso utiliza combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás. Quando combustíveis fósseis são queimados, eles emitem Gases do Efeito Estufa (GEE), como o CO2, que contribuem para o aquecimento global. Do CO2 atmosférico, 98% vem da queima de combustíveis fósseis [fonte: Administração de Informações de Energia - em inglês].
Fotógrafo: Pokerman Agência: DreamstimeAs pegadas de carbono medem a quantidade de CO2 que você produz em seu dia-a-dia
Pessoas preocupadas com o ambiente e o aquecimento global geralmente tentam reduzir suas emissões de carbono aumentando a eficiência energética de suas casas e dirigindo menos. Algumas pessoas começam calculando suas pegadas de carbono para estabelecer um marco - como uma pesagem antes de uma dieta. Uma pegada de carbono é simplesmente um valor: geralmente um total mensal ou anual de emissão de CO2 medido em toneladas. Os sites com calculadoras de carbono transformam informações fáceis de fornecer, como a quilometragem anual e o uso mensal de energia, em uma tonelagem de carbono mensurável. A maioria das pessoas tenta reduzir sua pegada de carbono, mas outras têm como objetivo apagá-la completamente. Quando as pessoas tentam a neutralidade de carbono, elas cortam suas emissões o máximo possível e compensam o restante. As cotas de compensação ou neutralização de carbono (carbon offsets) permitem que você pague para reduzir os gases do efeito estufa global total em vez de fazer reduções radicais por conta própria. Quando você compra um certificado de compensação, você financia projetos que reduzem as emissões por meio do reflorestamento, modernizam usinas de energia e fábricas ou aumentam a eficiência energética de prédios e transportes.
Algumas empresas começaram a incluir pegadas em seus rótulos. Os rótulos de carbono apelam aos consumidores que entendem e monitoram suas pegadas de carbono e desejam apoiar produtos que façam o mesmo. Os rótulos estimam as emissões criadas com produção, embalagem, transporte e descarte de um produto. O conceito é similar às análises do ciclo de vida, o precursor mais intrincado das pegadas de carbono. As análises ou avaliações do ciclo de vida medem todos os impactos ambientais potenciais que um produto pode ter durante sua existência: elas são uma versão mais focada de uma pegada de carbono.
As análises do ciclo de vida, contudo, requerem que equipes de pesquisadores mapeiem e compilem dados de cada aspecto da produção, transporte e descarte. Pegadas de carbono pessoais são menos precisas, mas ainda dão uma idéia rápida e geral da emissão de CO2. Melhor de tudo, elas levam cerca de cinco minutos para serem calculadas.
Neste artigo, aprenderemos como as calculadoras de carbono indicam sua emissão de gás cabônico pessoal, o que isso significa e como reduzir sua pegada de carbono.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Água na garrafinha plástica


Todo aquele que compra uma garrafa (plástica) com água mineral pensando em sua saúde esta agindo bem.
Pela água pura que vai ingerir e pela limpeza que estara realizando em seu organismo , mas também, depois de "matar" sua sede como todo mundo faz, "inocentemente" jogará a sua garrafinha de plástico no lixinho do lugar e tudo certo. Mas, aquela garrafinha junto com outras milhares que são consumidas diariamente por "pessoas saudaveis" tem o mesmo destino o lixo, contribuindo para aumentar a poluição em nosso planeta.

Assim, como eu, ele nunca parou para pensar entre um gole e outro de sua água da garrafinha feita de plástico que quando ela for esvaziada, tera sido usada uma única vez. Mas vai ficar por ai por mais de 300 anos após ela ter saciado sua sede.
Até quando pessoas que pensam ser saúdaveis, são também irresponsáveis com o meio ambiente?
(Água em caixa é melhor). Parecido com caixas de leite, a caixa é 90% feita a partir de árvores de áreas manejadas. Diferente das garrafas plásticas comuns que tem sua origem no petróleo.
As caixas são transformadas dobradas e planas o que reduz em 80% o rastro de carbono da embalagem e distribuição em comparação com as garrafas plásticas.
Sobre a embalagem há um guia da tetrapak (pdf) demonstrando as diferenças em relação as garrafas plásticas.